Desburocratização trará ganhos de competitividade, diz Agroconsult.

A desburocratização proposta pelo Plano Nacional de Defesa Agropecuária 2015-2020 (PDA) deve trazer ganhos de competitividade para a indústria brasileira no exterior, segundo avaliação de Mauricio Nogueira, coordenador do Rally da Pecuária, promovido pela Agroconsult em parceria com a Sociedade Rural Brasileira (SRB).

Em entrevista ao Broadcast Agro durante a segunda etapa da expedição, Nogueira considerou como positivas medidas como o programa Carne Azul, que dá lacre eletrônico aos contêineres e elimina a outra inspeção sanitária no porto. “Se conseguirmos aplicar tudo isso, ganhamos competitividade no processo. Iremos parar de ter problemas com a ‘papelada’ e seremos capazes de resolver problemas de embarque de carne”, afirma. No entanto, nem todas as propostas podem se materializar. “Pergunto se isso será aplicável ou não, porque algumas mudanças dependem de aprovação internacional”, diz. Segundo ele, a desburocratização nos embarques é pauta há anos fomentada pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) junto ao Ministério da Agricultura.

Inspeção

Para Nogueira, um dos pontos que pode não sair do papel é a estratégia de otimizar o processo de fiscalização. O PDA prevê que os fiscais agropecuários irão atuar de modo permanente apenas em unidades que realizam abates. Nas demais, a inspeção será periódica e as empresas terão de monitorar o cumprimento das normas sanitárias vigentes. Neste caso, a alteração pode não ser levada adiante por causa de uma possível reação negativa do público. Apesar de considerá-la polêmica, Nogueira defende a proposta apresentada pelo Ministério da Agricultura de retirar fiscais da indústria. “Eu passaria a fiscalização para o varejo, desde que isso seja tecnicamente possível”, afirma. Segundo o representante da Agroconsult, somente no abate a presença de fiscais é essencial. “É preciso ter um médico veterinário no local, porque caso contrário não há como saber se a carne em questão veio de um animal cujo fígado estava destruído, por exemplo. É preciso estar no abate para avaliar”. O analista também considera que a medida reduz eventuais riscos de possíveis acordos entre indústria e fiscais.

Fonte: Renato Oselame* – Agência Estado

(*O jornalista viajou a convite da Agroconsult)    

Fonte da Notícia
Agência Estado

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