Condições de pastagens em propriedades rurais apresentam melhoras em 2017

Avaliação foi feita durante a primeira fase do Rally da Pecuária

Com o objetivo de avaliar a bovinocultura, as condições de pastagens, composição de rebanhos e sistemas de gestão e produção nas propriedades rurais do Brasil, o Rally da Pecuária 2017 deu início à sua primeira fase de expedição técnica. Segundo as primeiras avaliações, pecuaristas estão fazendo maior uso de tecnologias e as condições de pastos estão melhores.

De acordo com Maurício Palma Nogueira, sócio da divisão de pecuária da Agroconsult, empresa idealizadora do Rally, os produtores estão buscando, cada vez mais, o uso de tecnologias. “Produtores e técnicos tem buscado formas de contornar problemas, utilizando cada vez mais tecnologia, combinando manejo e recuperação de fertilidade, ou mesmo a integração com lavouras nos locais onde isso é possível”, afirma.

A primeira avaliação dos técnicos que visitaram as regiões do Paraná, São Paulo e Triângulo Mineiro é de que os pecuaristas estão mais atentos à tecnificação, com maior presença de fazendas com nível tecnológico mais avançado. Nesse trecho começaram a surgir os grandes confinamentos e sistemas de melhor aproveitamento da rotação de pastagens.

Coordenador dessa expedição, Nogueira destaca a mudança de cenário entre 2011 – primeiro ano em que o Rally foi realizado com metodologias de amostragens – e 2017, especialmente no estado de São Paulo. “Em 2011, o mais comum era pastagens em estágios avançados de degradação em contraste com a pujança dos canaviais próximos. Em 2017 ainda é possível verificar pastos em condições precárias, porém desde 2015, as equipes do Rally verificaram o aumento, ano a ano, da quantidade de piquetes com pastagens aparentemente bem tratadas e manejadas e lotes distribuídos em cochos de suplementação”, explica.

Para coletar informações, as equipes utilizam levantamentos qualitativos pelo contato direto com produtores e lideranças regionais, e quantitativos, por meio de amostragem de pastos, índices zootécnicos, composição do rebanho, estimativa de confinamento, sistema de gestão e produção permitindo uma avaliação consistente das produções e realidades regionais.

Desde maio, já foram percorridos os estados produtores das regiões Sul (Rio Grande do Sul e Paraná), Sudeste (São Paulo e Minas Gerais), Centro-Oeste (Mato Grosso) e Norte (Tocantins, Pará e Rondônia) do país. Ao todo, sete equipes percorrerão cerca de 70 mil quilômetros em 11 estados responsáveis por 86% da produção de carne e 82% do rebanho nacional. A partir de 17 de julho, os técnicos voltarão a campo para a segunda fase do Rally, que tem previsão de encerramento para agosto. A apresentação dos resultados deve ocorrer em 24 de agosto.

Novidades do Rally

Nesta edição, serão realizados 12 eventos para produtores e profissionais do setor e 10 oficinas de produtividade. Entre eles, haverá o debate sobre o tema “Produtividade e eficiência: o que era diferencial e agora é sobrevivência”.

Outra novidade é a apresentação de análises econômicas que, pela primeira vez, serão exclusivamente elaboradas a partir dos dados do público entrevistado em anos anteriores.

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